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A wonderful day

A wonderful day

01
Dez24

Advento

Não sou uma pessoa muito religiosa, mas gosto do Natal e desta época do ano. Ao longo da vida, o mês de dezembro tem tido significados distintos e quando existem crianças na família, a época natalícia ganha outra dimensão. 

Quando a minha filha era pequena comecei a fazer um calendário de Advento diferente, todos os anos. Nalguns anos não consegui fazer o calendário e recorri a calendários comprados. Não era a mesma coisa, quer para ela, quer para mim. Faltava o meu tempo e dedicação ao calendário e para ela faltava  a surpresa do que poderia estar no saquinho ou na caixinha daquele dia.

A minha filha já está crescida e no ano passado, mesmo a estudar fora de casa, quis um calendário de Advento. Fiquei com um dilema sobre que tipo de calendário é que poderia preparar para uma jovem estudante. Consegui fazer o calendário, diverti-me muito a preparar o mesmo e acho que foi uma boa surpresa. Nessa altura, lembrei-me de fazer uma espécie de calendário com excertos de livros que li e gostei, mas já não tinha muito tempo para preparar o calendário para o Natal de 2023.

Este ano decidi avançar com esta ideia e comecei um pouco mais cedo. Não tenho textos para os dias todos até à véspera de Natal, mas tenho alguns e vou partilhar  aqueles que juntei ao longo das últimas semanas. Este será o meu calendário do Advento deste ano: textos sobre o Natal, sobre a família, sobre aqueles que já partiram e que nesta época estão ainda mais presentes no pensamento e na saudade.

Que o mês de Dezembro seja um mês de partilha, amizade, em que possa estar presente e ser presente. Esta é a minha partilha para este mês.

 

 

22
Out24

Tudo é Rio

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(imagem retirada daqui )

A escritora Carla Madeira é muito falada na Comunidade de Leitura e muitos dos elementos já leram os diferentes livros desta escritora e gostam imenso da sua escrita.

Comecei esta leitura com algum receio, sem saber se iria gostar da história. A sinopse do livro desvenda pouco sobre o enredo e este foi muito, mesmo muito diferente daquilo que tinha imaginado.

Dalva e Venâncio são um casal apaixonado, mas assombrado e destruído pelos ciúmes de Venâncio.

Lucy é uma prostituta que tem todos os homens que deseja. Apenas Venâncio resiste a Lucy, para desespero desta.

Dalva, Venâncio e Lucy um trio amoroso incomum, cujas vidas descobrimos através das palavras de Carla Madeira. Uma escrita crua, mas ao mesmo tempo poética que conduz o leitor através de uma história de sofrimento, de amor e com páginas seguidas de uma ternura imensa.

Aurora, a mãe de Dalva, é uma personagem inesquecível que cuida diariamente da família com muita sabedoria e simultaneamente aconchega o leitor.

Nas primeiras semanas, Dalva não comia, não bebia, não acendia a luz, morria um pouco a cada dia. Levantou-se depois de uma longa visita de luto da mãe, saiu de casa sem deixar pistas e, para desespero de Venâncio, só voltou ao entardecer do dia seguinte. Desse dia em diante, passou a sair todas as manhãs. Caminhava lenta, magra, ombros fechados de quem desistiu. Ninguém sabia ao certo aonde ia. Na hora mais triste das tardes, quando a saudade parece apertar o coração do mundo, Dalva voltava a casa.

(pág. 29)

Este é um livro para ler devagar, repleto de excertos que obrigam a parar, refletir, enquanto descobrimos uma história de amor improvável.

Recomendo muito esta leitura!

Boas leituras!

26
Set24

Os Loucos da Rua Mazur

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(imagem retirada daqui

Foi a primeira vez que li um livro de João Pinto Coelho. Este livro ganhou o prémio LeYa 2017, mas sabia pouco sobre o mesmo. No entanto, tinha alguma expectativa sobre a história face ao conteúdo da sinopse e a opinião do blog Livros e Saltos, a qual prezo muito.

Ao longo do livro é possível acompanhar a história de Yankel - livreiro, judeu e cego desde nascença; de Eryk - escritor famoso e cristão; e de Shionka - filha da bruxa local. A história começa em Paris, em 2001, quando Yankel e Eryk se reencontram, após terem fugido da povoação polaca onde viviam.

Após o reencontro começa uma viagem ao passado que nos transporta para uma localidade polaca - o círculo perfeito - dividida entre a comunidade católica e a comunidade judaica. Durante a II Guerra Mundial a povoação é ocupada pelos russos e posteriormente pelos nazis.

A história é baseada em factos verdadeiros ocorridos na Polónia durante a Guerra. Um livro que nos faz refletir sobre as atrocidades cometidas durante as guerras e que continuam a ocorrer todos os dias. Um livro que nos questiona sobre o que faríamos se fosse connosco.

A leitura começou de forma lenta, mas sempre com vontade de saber mais. É uma leitura em crescendo, com um final que me deixou sem palavras. É muito difícil ficar indiferente a esta história.

Uma palavra para o título do livro: é um dos títulos mais adequados que li nos últimos tempos. No fim fiquei a pensar quem seriam os verdadeiros loucos.

Aí levantou-se a ventania - tão demente que varreu tudo à sua passagem: a chuva, as ruínas calcinadas do hospício, os cães. Sozinho no meio da rua, àquela hora esquecida, o padre vestido, com a barba a drapejar, procurava a quem rezar.

(pág. 287)

Li este livro em janeiro de 2023 e na altura partilhei a sua leitura na minha página no Instagram, mas não coloquei o texto no blog.

Nesta sexta-feira, dia 20, tive oportunidade de ouvir o escritor João Pinto Coelho na biblioteca. Se já tinha gostado muito do livro “Os Loucos da Rua Mazur” depois desta conversa, a história ganhou uma nova perspetiva e tinha mesmo de partilhar este livro no blog.

Agora espero conseguir ler em breve o livro “Perguntem a Sarah Gross”.

Recomendo muito a leitura deste livro.

Boas leituras!

22
Set24

As Mulheres

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(imagem retirada daqui)

Califórnia, 1966 - Frankie é uma jovem proveniente de uma família abastada, a terminar a licenciatura em enfermagem, cujo destino está pré-definido: casar e constituir família. No entanto, Frankie quer seguir os passos do seu irmão Finley, o qual foi destacado para a guerra do Vietname. “As mulheres também podem ser heroínas” e Frankie decide contrariar o seu destino. Alista-se no exército, como enfermeira, e parte para o Vietname.

Este é o início de uma história em que é possível acompanhar a vida de Frankie e das suas amigas enfermeiras Ethel e Barb na guerra, bem como o seu regresso a um país, em que os veteranos são apelidados de assassinos, quando terminam das suas comissões de serviço.

Um romance intenso sobre o papel não reconhecido das mulheres nesta guerra, mas também sobre o que é estar num hospital de evacuação em que os feridos sucedem-
-se uns aos outros e em determinadas alturas só resta apertar a mão a um jovem soldado. Como sobreviver a mais um turno, como sobreviver a uma comissão de serviço, como regressar à vida normal, depois de ter presenciado o inimaginável?

Gostei da história de Frankie, mas o que gostei mais foi do enquadramento histórico da mesma. Este é também um livro sobre um país dividido por uma guerra, que deixou feridas difíceis de sarar e afetou toda uma geração, de formas muito diferentes e que tornou a leitura mais interessante.

Guerra era uma coisa; outra bem diferente era bombardear aldeias cheias de mulheres e crianças. Deus sabia que não havia artigos sobre isso no Stars and Stripes. Porque é que não relatavam a verdade?

Surgiu um silêncio entre elas; nele, estava contida a verdade horrível que nenhuma delas queria enfrentar. A aldeia ficava no Vietname do Sul. E só os americanos tinham bombas.

(pág. 111)

Esta foi uma leitura difícil de interromper e recomendo a leitura deste livro.

Boas leituras!

PS. Obrigada equipa do Sapo pelos destaques desta semana. Foi uma boa surpresa e fiquei muito contente.

20
Set24

Um animal selvagem

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(imagem retirada daqui)

Neste momento, só começo a ler livros de alguns autores se tiver a certeza que posso ler sem restrições de horários e agenda. Joël Dicker é um desses autores e o novo livro “Um animal selvagem” não dá tréguas na leitura.

Um assalto a uma ourivesaria em Genebra, uma família aparentemente perfeita, mas as aparências enganam e página após página, o mistério adensa-se até ao dia do assalto.

O livro está escrito por partes, associadas a determinados eventos, e por dias até ao dia do desfecho. Em determinadas partes a história recua vários anos, de forma a enquadrar…ou aumentar as dúvidas sobre o momento atual.

Joël Dicker é um verdadeiro mestre do suspense e o livro não desiludiu.

Confesso que este não é o meu livro preferido do escritor, mas gostei muito, mesmo muito desta leitura.

Mas os animais selvagens são como os homens. Podemos amansá-los, restringi-los, fazer com que pareçam outra coisa. Podemos enchê-los de amor e esperança. Mas não podemos mudar a sua natureza.

(pág. 398)

Boas leituras!

18
Set24

Amor Estragado

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(imagem retirada daqui)

Uma família, como tantas outras, com quatro filhos rapazes. Manel é o filho mais velho e para si a família é o pilar fundamental da sua vida. No entanto, cada irmão segue o seu caminho e a vida de Manel não corresponde ao que sonhou.

Manel, desiludido, casa com uma mulher sem graça, que o envergonha perante a família. Dominado pelo álcool, incapaz de controlar as suas frustrações, sente-se uma vítima, enquanto a sua família o afasta cada vez mais. Já o seu irmão Zé tem a vida que Manel gostaria: casado com uma mulher bonita, com três filhos, em que aparentemente o dia-a-dia corre de feição. Zé assiste à degradação de Manel e à escalada de violência sobre a cunhada. Perdido nos seus fantasmas, não sabe como intervir e os laços familiares condicionam as suas ações.

Este foi um livro que tive de ler devagar e ao qual é impossível ficar indiferente. Um livro com uma linguagem direta, crua, intenso nas descrições e que não deixa nada por dizer. Um livro impactante sobre um tema, infelizmente muito atual, em que o número de vítimas de violência doméstica continua a aumentar todos os anos.

Eu nunca tolerara que um homem batesse numa mulher, e ele teve rédea solta por ser meu irmão. Pegou nos meus filhos ao colo, ensinou-os a andar de bicicleta, e tão só isso me impediu de querer atirá-lo para uma cela. Sei que íamos mentir em tribunal, dizer que a minha cunhada era louca. Ele tinha as mãos sujas do sangue dela, mas eu não podia sujar as minhas com a cadeia de um irmão. Que diriam os meus filhos se lhes mandasse o tio para a prisão?

(pág. 152).

Recomendo muito, mesmo muito a leitura deste livro.

Boas leituras!

16
Ago24

Admirável Mundo Verde

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(imagem retirada daqui)

Três jovens universitários. Uma causa comum: sensibilizar e contribuir para um planeta mais sustentável. Laura, Billie e Max são mais do que família uns dos outros, estão interligados de forma muito profunda. No entanto, um deles radicaliza-se em prol de um mundo mais verde. Esta radicalização terá impactos significativos nas suas vidas.

Em nome de uma mudança que permita a adoção de medidas ambientais efetivas, inicia-se uma revolução armada que termina na implementação de um estado totalitário e com milhares de mortos. O país é dominado pelas Brigadas Verdes e tudo é controlado, desde o papel, à utilização da eletricidade até ao número de filhos. Qual o destino de Laura, Billie e Max durante e após a revolução?

As questões ambientais interessam-me muito (defeito profissional) e quando vi este livro pela primeira vez, percebi logo que o iria ler, assim que possível.

“Admirável Mundo Verde” levanta inúmeras questões. Será uma distopia? Poderá acontecer em breve? Valerá tudo em nome de um mundo mais sustentável, incluindo atos de violência e controlo total da população?

Este livro é um alerta sobre a emergência climática, sobre a necessidade de mudança, mas também sobre os elevados riscos associados aos estados totalitários. No entanto, onde existem guerras e ditaduras, existe sempre quem resista, quem procure um caminho alternativo e este é também um livro sobre a resistência e o poder da amizade.

Foi uma leitura que prendeu a minha atenção desde início, sendo que a história nos envolve e lê-se rapidamente. A curiosidade sobre o desfecho era enorme e gostei imenso do final.

Decidira que chegava de desculpas e adiamentos, acordos e conferências onde os intervenientes falavam e falavam, mas não levavam a cabo as mudanças concretas e necessárias para a salvação de milhões de vidas. Chegava de petições, marchas, invasões de conselhos de ministros, vandalização de obras de arte, greves de fome e cadeados em fábricas. Decidira ficar com o grupo contra a hipocrisia de quem se dizia preocupado com o assunto, mas não se desviava um milímetro de um estilo de vida consumista e suicida, mesmo perante as notícias diárias de secas históricas, furacões descontrolados e incêndios selvagens, como aquele que, na Austrália, tinha dizimado oito mil coalas e outros cento e quarenta milhões de animais. Cento e quarenta milhões! Não havia outra maneira.

(págs. 10 e 11)

Recomendo muito a leitura deste livro!

Boas leituras!

12
Ago24

Cadernos da Água

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(imagem retirada daqui)

Escrever ajuda-me a passar o tempo. Foi um dos amigos da Mariana que me deu uma caneta. Não sei onde a arranjou, não fala português nem nenhuma língua que eu entenda. Não sei como a Mariana se entende com os novos amigos, todos eles estrangeiros, poucos falam algum inglês e nenhum fala português.

(pág. 10)

Na Europa e no resto do mundo existe uma nova organização geopolítica. Uma seca extrema assola o sul da Europa. Sucederam-se as Guerras Meridionais da Água, novas pandemias na Europa, no Médio Oriente, no Norte de África. Os países do Norte fecharam as fronteiras e cancelaram o apoio financeiro, conhecido como a “taxa de deserto”, aos países do Sul. O mundo está em transformação e o Sul da Europa transformou-se num deserto.

Sara e Mariana, mãe e filha, são refugiadas climáticas na Suécia. Sara regista o dia-a-dia num caderno, numa espécie de correspondência para o seu marido Emanuel, enquanto aguardam pelo reencontro da família. Este ficou para trás, algures na Península Ibérica sequestrado por um grupo de paramilitares. O seu país de origem, Portugal, já não existe.

Este é livro muito interessante sobre um futuro distópico, em que os antecedentes narrados ao longo da história e que conduzem ao momento em que lemos o caderno de Sara, têm muitas semelhanças com o presente. Um exemplo é a invasão da Ucrânia pela Rússia, referenciada no livro como tendo ocorrido em 2026, e que se concretizou alguns dias antes da publicação do livro, em março de 2022.

A água, enquanto recurso fundamental, e a sua gestão é um tema pelo qual tenho muito interesse e preocupação. O futuro poderá não ser assim tão diferente do descrito neste livro. As alterações climáticas e a escassez da água são temas que na minha opinião, enquanto país, não estamos preparados para enfrentar, nem vamos estar a curto e a médio prazo. Isto preocupa-me e muito, quando penso no futuro próximo e das próximas gerações.

Um livro marcante, com diferentes camadas, em que diferentes leitores poderão valorizar mais um tema do que outro, mas para mim é um alerta importante para o futuro.

O Ministro dos Recursos Hídricos admitira que a sua pasta já pouco sentido fazia, pois na verdade já quase não havia recursos hídricos. Com as reservas no mínimo absoluto ou totalmente esgotadas, apenas pequenas bolsas no noroeste do país tinham ainda água suficiente para cobrir o consumo humano e algum consumo agrícola. 

(pág. 230)

Recomendo muito, mesmo muito a leitura deste livro!

Boas leituras!

10
Ago24

O Mergulho

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(imagem retirada daqui)

O tema do mês de julho da Comunidade de Leitura foi banda desenhada. Este não é um género de livros que leia com frequência, mas desde que estou na Comunidade de Leitura tenho lido livros muito interessantes.

Um desses livros é “O Mergulho”. Um livro lindíssimo, com ilustrações magníficas. Uma história sobre a fase final da vida, que obriga a pensar sobre o envelhecimento e como poderá ser o futuro de cada um de nós.

Yyonne tem 80 anos, é viúva, continua lúcida e independente. No entanto, chegou a hora de abandonar a sua casa, onde viveu praticamente a vida toda, para ir para uma residência para idosos. Num contexto completamente diferente, com novas pessoas e rotinas, será Yyonne capaz de adaptar-se a esta nova realidade?

Este é um livro em que é impossível ficar indiferente e em que nas primeiras páginas já sentia o coração apertado e os olhos muito brilhantes.

“Vês, Martial, é tudo isso que queremos.

A fragilidade do amor e dos beijos.

Talvez reviver tudo, ouvir ainda as vozes amadas. Não teremos nada disso e sabemo-lo. Por isso, dá-nos algumas horas de liberdade, escolhe o lugar, nós tratamos do resto. Água, talvez. Um pontão. Sim, é isso, queremos um pontão, lodo para enterrarmos os pés, erva, e sol para nos secar. Tens isso, Martial?

Tens isso para nós?”

(pág. 74)

Recomendo muito, mesmo muito a leitura deste livro!

Boas leituras!

06
Ago24

O Som em Mim

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(imagem retirada daqui)

Francisca, Teresa e Mariana são fugitivas. Abandonam uma vida aparentemente perfeita, familiares, amigos e rumam a Lisboa. Francisca assume a responsabilidade pela sobrevivência da família e a sua maior preocupação é manter Teresa e Mariana longe de uma vida de violência e agressões.

Francisca é determinada, corajosa e, apesar dos acontecimentos traumáticos do passado - alguns recentes - nada a demove de manter a sua família em segurança. Adora música e cantar. A sua voz e os lugares para onde esta a transporta são vitais para que Francisca mantenha os seus objetivos e a sua luz interior.

Quando Francisca começa a atuar no Clube Álibi, parece que a sua vida ganha um novo rumo, mas o passado continua por resolver e infiltra-se como uma doença.

"O Som em Mim" é uma história de coragem, amor, resiliência e superação, repleto de mulheres incríveis.No entanto, é também um retrato da nossa sociedade, em que a violência sobre as mulheres continua entranhada e o caminho a percorrer para que esta realidade se altere é muito longo.

Este é o quarto livro que leio da Iris Bravo e só iniciei a leitura quando tive a certeza que podia ler sem interrupções e embrenhar-me na história. "O Som em Mim" não fugiu à regra e li-o em menos de 24 horas. Iris Bravo voltou a surpreender, a criar um enredo que agarra o leitor e com personagens que ficam connosco.

Agora já estou à espera do novo romance da Iris Bravo e sei que o vou comprar e ler sem hesitações.

“Os sons que eu criava levavam-me para outro tempo e lugar. Permitiam-me atravessar dimensões e desfrutar de outro mundo, impalpável, sonoro, no qual me podia esconder por horas. Ansiava por aquele momento, por fugir da clausura da minha dimensão, através das notas, dos decibéis e dos olhares atentos de quem me ouvia. Era vital, aditivo e viciante.”

Pág. 27

Recomendo muito a leitura deste livro! Uma última palavra para capa que é muito bonita e para a banda sonora disponível no Spotify e que podemos ouvir, enquanto lemos o livro.

Boas leituras!

PS. Obrigada equipa do Sapo pelo destaque que deram ao meu último post. Foi uma boa surpresa.

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Leituras

Wday's bookshelf: read

Um animal selvagem
Um Quarto Só Seu
As Mulheres
O Último Comboio para Key West
Amor Estragado
O Mergulho
O Tesouro
O Meu Nome é Lucy Barton
O Som em Mim
O Peso do Pássaro Morto
O Meu Pai Voava
Um dia na vida de Abed Salama: Anatomia de uma tragédia em Jerusalém
Augusta B. ou as Jovens Instruídas 80 Anos Depois
Memórias de uma falsificadora : a luta na clandestinidade pela liberdade em Portugal
Uma Espia Americana em Lisboa
Admirável Mundo Verde
A Minha Família e Outros Animais
Voltar do Bosque
E se eu morrer amanhã?
Cadernos da Água


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