(imagem retirada daqui)
Adrien, Nina e Étienne conhecem-se em 1987 no início do 5.º ano e tornam-se inseparáveis. Assim começa a história dos “Três”, a qual decorre entre 1987 e 2017. Através dela é possível acompanhar a infância, adolescência e a entrada da vida adulta dos Três.
A sinopse refere que este é um livro sobre a amizade e a forma como esta evolui ao longo do tempo entre os Três. A amizade é uma constante entre Adrien, Nina, Étienne, entre as suas famílias, que estão presentes sempre que necessário e que os acolhem como se fossem seus. No entanto, a amizade entre os Três provoca igualmente sentimentos de inveja e obsessão naqueles que convivem com eles e que marcam de alguma forma o rumo da história.
O livro, na minha opinião, é igualmente sobre solidão, uma solidão imensa. Esta história é sobre ser invisível aos olhos daqueles com quem a vida é partilhada diariamente e de forma próxima, sem se conhecer verdadeiramente o outro, sem se saber viver num mundo que não reconhece e não aceita as diferenças.
Uma escrita fácil de ler, que prende a atenção, com um mistério, uma sombra que acompanha todo o enredo e que me fez virar página atrás de página. Uma história bem construída, recheada de música, cheiros e sabores que terminei com um sentimento agridoce.
“A Breve Vida das Flores” foi um livro que gostei imenso e que na minha opinião é superior ao livro “Três”. No entanto, vale a pena ler “Três”, sendo que estas histórias não são comparáveis.
“Nina, Étienne e Adrien acabaram de entrar numa infância de inseparáveis. Naquele dia e todos os restantes dias, não me viram”. (pág. 10)
Boas leituras!