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“O que procuras?
Quando a senhora Komachi me fez essa pergunta, houve uma resposta que se ergueu no fundo de mim. Ainda estou à procura.
Só preciso de um lugar, um lugar que reconheça a minha existência e me dê paz de espírito: um lugar onde pertencer.”
em O que procuras está na biblioteca, de Michicko Aoyama, pág. 204
(imagem retirada daqui)
“O que procuras?” é a pergunta que Sayuri Komachi, uma mulher imponente, mas de voz envolvente, faz a cada um dos utilizadores da biblioteca da Casa Comunitária de Hatori. Esta pergunta é uma constante ao longo do livro “O que procuras está na biblioteca”.
O livro está dividido em cinco capítulos, cada um deles referente a uma personagem distinta, mas que de forma muito subtil estão interligadas ao longo da história.
Cinco pessoas com idades e contextos familiares distintos. No entanto, por algum motivo estão insatisfeitas com o estado atual da sua vida profissional.
Cinco pessoas que, por caminhos diferentes, chegam à biblioteca da Sra. Sayuri Komachi e que partilham com ela o seu estado de espírito. A Sra. Komachi entrega a cada um dos leitores uma lista de livros, em que um deles é um livro inesperado.
Cinco pessoas, em que através do livro sugerido pela Sra. Komachi, iniciam um processo de adaptação e/ou transformação das suas vidas profissionais, com impacto nas suas vivências diárias.
Este é um livro sobre pessoas com contextos familiares normais, mas que se debatem com questões transversais a muitas pessoas: como conciliar a carreira profissional com a maternidade; o que fazer durante a reforma…
A leitura é interessante e envolvente. Um livro que aquece o coração, que conforta porque mostra que existe sempre outro caminho que pode ser trilhado e mais gratificante.
Um livro sobre livros, bibliotecas e sobre o poder transformador dos livros. Este é um tema sobre o qual tenho lido muito nos dois últimos anos e que gosto cada vez mais.
“O Kiriyama fez uma pausa e, sereno, concluiu:
- Num mundo em que nunca sabemos o que vai acontecer, devemos sempre fazer aquilo que está ao nosso alcance.” (pág. 204)
Boas leituras!
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