(imagem retirada daqui)
Na primeira semana de maio fiquei "covidada" e tinha acabado de ler as Mulheres de Sal. Sentia que precisava de ler algo diferente e que de alguma forma ajudasse a passar o tempo de confinamento.
Na minha estante estava desde setembro de 2021 a "Célula Adormecida" do Nuno Nepomuceno e achei que era a altura de ler este livro. Tinha tempo e é um género de livro que gosto bastante.
Foi uma boa escolha! Ainda não tinha tido oportunidade de ler um livro deste autor e gostei imenso. Li o livro praticamente num dia.
A história prendeu-me desde a primeira página e ao longo das suas 456 páginas o livro transporta-nos para vários locais - Lisboa, Turquia, ilha grega de Lesbos, Síria. As vidas das diferentes personagens interligam-se, de uma forma subtil, até ao desfecho final.
Este livro para além de ser um thriller bem escrito aborda temas que nos fazem refletir: o drama dos refugiados provenientes da Síria e do Médio Oriente e sua luta pela sobrevivência numa Europa, em que muitas vezes não são bem vindos; o preconceito, a intolerância religiosa, a xenofobia e como estes desencadeiam reações de ódio e violência com consequências imprevisíveis.
Depois de ler as "Mulheres de Sal" que aborda, entre outros temas, o drama dos refugiados da América Central, acabei por ler sobre os refugiados provenientes do Médio Oriente, numa perspetiva e enquadramento diferente, mas que me fez refletir, igualmente, sobre a sorte que é nascermos em determinado país e no "lado certo" da vida.
A "Célula Adormecida" é um livro interessante que vale a pena ler, para quem gosta de thrillers religiosos e os restantes livros da série Afonso Catalão já estão na minha lista de desejos.
Boas leituras e boa semana!